Uma única vida vivida de várias formas
Agora vi o eco que criei ao escrever o título. O eco é um vício de linguagem irritante.
Irritante...
Assim como sinto-me às vezes, a forma como levo minha vida.
Não é de hoje que vejo as coisas dessa forma, mas também não é muito antes que "ontem"...
Gostaria de contar para eles como eu me sinto, como esse ano foi alegre demais, como fico às vezes terrivelmente confuso, como outras vezes surpreendo-me ao encarar a mim mesmo com muita naturalidade... mas não posso.
É uma outra realidade, um "submundo" dentro do meu mundo, ou talvez este mundo seja o submundo, e o "submundo" minha verdadeira realidade.
Onde estão as pessoas próximas com as quais posso confiar? Cadê meus "amigos"? Estão ali, bem próximos; contudo, não podem compreender-me. Vão dizer que sou como aquele conhecido tal, ou como aparece na televisão.
Mas eu não sou como o conhecido, nem como na televisão, cinema ou onde quer que seja. Já passei por situações suficientes para tirar essas conclusões. Ou talvez eu não conheça todos os "conhecidos", ou tenha assistido muito pouco televisão.
Machuca-me a idéia de que eles podem machucar-me, de que posso detestá-los por colocarem-me um rótulo impróprio.
Pode até parecer que eu escolhi ser (ou estar) assim, mas a coisa é muito mais complexa, mais profunda. A origem de tudo isso ignoro completamente. Eu apenas adiei o suficiente, o que, um dia, mais cedo ou mais tarde, quereria experimentar.
Só não posso queixar-me de não ter com quem dividir minhas alegrias "secretas". Posso não ter vários amigos, mas eu tenho um melhor amigo, muito especial. Explico:
MEU MELHOR AMIGO É O MEU AMOR.
O chato é viver uma das maiores alegrias do mundo, e não poder sair contando por aí, e o pior: principalmente para as pessoas queridas, pelas quais se tem consideração.
Eu sei que isso é só da nossa conta, de mais ninguém. Que divulgar o fato pode atrair dificuldades (tenho neura com essa história de que ninguém pode ver uma boa amizade, ou namoro, que já vai procurando problemas).
Ainda assim não há mais alguém para que eu possa contar dessa minha alegria. Enquanto isso, tenho que guardar todas minha alegrias, momentos, descobertas, comigo, numa verdadeira vida de ostracismo...
É irritante estar alegre e ter que agir como se eu não estivesse!
PS.: Essa história de vida dupla, tripla, fica pra próxima.
Irritante...
Assim como sinto-me às vezes, a forma como levo minha vida.
Não é de hoje que vejo as coisas dessa forma, mas também não é muito antes que "ontem"...
Gostaria de contar para eles como eu me sinto, como esse ano foi alegre demais, como fico às vezes terrivelmente confuso, como outras vezes surpreendo-me ao encarar a mim mesmo com muita naturalidade... mas não posso.
É uma outra realidade, um "submundo" dentro do meu mundo, ou talvez este mundo seja o submundo, e o "submundo" minha verdadeira realidade.
Onde estão as pessoas próximas com as quais posso confiar? Cadê meus "amigos"? Estão ali, bem próximos; contudo, não podem compreender-me. Vão dizer que sou como aquele conhecido tal, ou como aparece na televisão.
Mas eu não sou como o conhecido, nem como na televisão, cinema ou onde quer que seja. Já passei por situações suficientes para tirar essas conclusões. Ou talvez eu não conheça todos os "conhecidos", ou tenha assistido muito pouco televisão.
Machuca-me a idéia de que eles podem machucar-me, de que posso detestá-los por colocarem-me um rótulo impróprio.
Pode até parecer que eu escolhi ser (ou estar) assim, mas a coisa é muito mais complexa, mais profunda. A origem de tudo isso ignoro completamente. Eu apenas adiei o suficiente, o que, um dia, mais cedo ou mais tarde, quereria experimentar.
Só não posso queixar-me de não ter com quem dividir minhas alegrias "secretas". Posso não ter vários amigos, mas eu tenho um melhor amigo, muito especial. Explico:
MEU MELHOR AMIGO É O MEU AMOR.
O chato é viver uma das maiores alegrias do mundo, e não poder sair contando por aí, e o pior: principalmente para as pessoas queridas, pelas quais se tem consideração.
Eu sei que isso é só da nossa conta, de mais ninguém. Que divulgar o fato pode atrair dificuldades (tenho neura com essa história de que ninguém pode ver uma boa amizade, ou namoro, que já vai procurando problemas).
Ainda assim não há mais alguém para que eu possa contar dessa minha alegria. Enquanto isso, tenho que guardar todas minha alegrias, momentos, descobertas, comigo, numa verdadeira vida de ostracismo...
É irritante estar alegre e ter que agir como se eu não estivesse!
PS.: Essa história de vida dupla, tripla, fica pra próxima.
4 Comments:
fala cara... adoro amigos novos... na volta do feriadao leio melhor seu blog... SEJA BEM VINDO
BEIJO SE FOR DE BEIJO E ABRACO SE FOR DE ABRACO
Fala ae cara, gostei do post, todos nós passamos por isso, é gostoso mas complicadissimo.
Passando aqui, e gostei do blog, espero ler mais coisas por aqui.
bçao
Dual,
Minha visão deste novo mundo, gay e suas variações, não é como um submundo, pelo contrário, antes eu vivia num submundo, cheio de regras e preconceitos e fórmulas da felicidade..Agora eu vejo que o este mundo está acima do que está ai na sociedade, pois conseguimos visualizar muito mais coisas , questinar , opinar , corrigir.
Entendo que tu disses submundo por vivermos escondidos, ai eu mudo também a minha visão, acho que estamos num mundo acima do mundo normal, que as pessoas ainda não alcaçaram, por isso estamos isolados na pole!
Devo admitir que essas idéias já passaram e ainda vêm-me à mente.
Neste post joguei idéias soltas em cada parágrafo, ficando meio obscuro mesmo, como eu gosto de fazer.
Quando referi-me a "submundo", falei no sentido de que os momentos que passo namorando são como se fossem um mundo à parte, uma "realidade dentro dentro da realidade", a sensação de que o que vivemos acontece em outra dimensão. É um jogo de palavras muito próprio de nós, por isso não entro em detalhes nem uso os termos exatos.
Agora, que vivemos escondidos, isso sim vivemos!
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